Restaurante, localizado aos pés da Serra da Cantareira, com uma vista privilegiadíssima, funciona aos sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30, com reservas confirmadas. No cardápio, os fundamentos da culinária familiar, os ingredientes regionais, a inspiração encontrada nos pratos de outras culturas e as mãos das mulheres que amam e fazem
Um almoço de domingo na casa da vó.
Cozinha criativa e de experiências.
Feito por mulheres.
São essas as apresentações rápidas que entregam a proposta afetiva do ART - COZINHA DE FUSÃO. O restaurante, criado em 2017 pela chef Glaucia Bollella, em seu próprio lar, está localizado a 20 minutos de distância de São Paulo, aos pés da Serra da Cantareira, cercado de pedras, borboletas, pássaros, joaninhas, abelhas, gramado, rede e uma pedra grande pra deitar e admirar a vista privilegiadíssima da cidade. “Costumo dizer que esse lugar é um globo de neve onde não vemos nada além daquilo que foi meticulosamente desenhado e, às vezes, alguém maior sacode essa bola de vidro para que o vento sopre leve, balance os galhos das árvores e, assim, as folhas caiam gentilmente sobre nós. Com sorte, a chuva vem de encontro ao sol e forma um arco-íris no topo da reserva, como um presente de fim de dia”.
É nesse espaço-refúgio que os almoços são servidos, somente aos sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30. No preparo, os fundamentos da culinária familiar, os ingredientes regionais, a inspiração encontrada nos pratos de outras culturas e as mãos das mulheres, LGBTQIAP+, pessoas periféricas e mães que materializam o cuidado, a leveza e o amor pelo ofício em suas relações – do atendimento às fornecedoras e produtoras. “Aqui existem diálogos comuns e esforços simultâneos. Nós cuidamos umas das outras e queremos que as pessoas que visitam o ART se sintam abraçadas”. A proposta parece, então, transbordar direto das cenas de filmes italianos: onde a família é grande e a mesa farta é posta entre flores e vinhos... E o prato é feito por mulheres que ainda carregam farinha em seus aventais e tilintam o talher na taça dizendo: o almoço está pronto.
Partindo deste lugar, nessa gastronomia misturam-se os sabores às histórias. O pão da casa, por exemplo, é uma receita de mais de 100 anos na família da chef; o Talharim Beatriz, que traz o nome de sua avó e é preparado exatamente como em sua infância; dos mais queridinhos; as Folhadas de Brie, com geleia de pimenta e pera finalizada em suco de limão siciliano, levam o manjericão recolhido na horta do próprio restaurante. “E como gostamos de valorizar as técnicas, alguns dos nossos pratos levam nada mais nada menos que 1 semana para ficarem prontos. Outras preparações ficam entre 10 e 15 horas num forno a 180º. Marinadas de mais de 20 horas”. Arte é, afinal, o que se pretende realizar e o que verdadeiramente interessa à chef. “O universo artístico sempre me moveu. Retratos em preto e branco de Diane Arbus, filmes com Audrey Hepburn ou Sophia Loren, musicistas como Ella Fitzgerald e Billie Holiday e compositores clássicos como Chopin e Ludovico Enaudi. As cerâmicas translúcidas de Cynthia Gavião. O Art Nouveau, Decó, a Bauhaus... A arte permite tanto que era fato que essa palavra precisaria fazer parte de qualquer que fosse esse meu novo projeto pessoal. Porque a arte é plural. E esse seria meu norte”, explica Glaucia Bollella que deixou a carreira de 15 anos na publicidade para embarcar nessa viagem de muito zelo e atenção pelo fazer culinário.
Para beber, uma cerveja artesanal premiadíssima e produzida por mulheres. Uma cachaça vinda de um alambique local de 1890, fundado por Dona Léia e que, ainda hoje, é administrado por uma mulher da família. O hiratake é feito pelas redondezas. E adivinha só? Plantado, cuidado, colhido e entregue por uma mulher. A água? Vem da mina e não cobram por ela.
Em cada detalhe, o ART - COZINHA DE FUSÃO é para quem gosta – entre tantas outras coisas mais - de pessoas, sorrisos largos, natureza, cachorros soltos no quintal, simplicidade, acolhimento, boa comida, louças de porcelana, música antiga e, de novo, arte.
Vale ressaltar que, depois da reserva, a mesa fica disponível das 12h30 às 17h30 e isso independe do horário que a pessoa irá aparecer. A ideia é que não exista pressa: nem para chegar, nem para sair. Também não há rotatividade de mesas e lá recebem, em média, apenas 36 pessoas por dia. O ticket médio do restaurante, cotado de maneira individual, é de R$185.
SERVIÇO
ART - COZINHA DE FUSÃO Aos sábados, domingos e feriados Das 12h30 às 17h30 Restaurante localizado a 20 minutos de distância de São Paulo, aos pés da Serra da Cantareira Endereço: Rua Agostinho de Souza - Morro Grande Telefone: (11) 99128-6346 Site: https://www.artfusao.com É necessário realizar as reservas
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