Primeiro foram as geadas; depois, picos de calor; por fim, infecções de fungos. Os produtores de Champagne tiveram muitos motivos de preocupação em 2019, embora a situação já tenha melhorado o suficiente para um respiro de alívio.
O resultado das dificuldades já mostram uma perspectiva de queda de 17% na colheita deste ano, embora a base de comparação não seja muito justa: 2018 viu uma produção ligeiramente maior, conforme declaração do Ministério da Agricultura francês de agosto. Na média de 5 anos, a colheita deverá ficar 5% menor.
É de se lembrar que este ano viu uma das geadas mais fortes para o mês de Abril que danificou 100% de um total de 5 mil hectares de produção, seguida de duas ondas de calor em Junho e Julho, com condições de seca severa no restante do ano. Essas condições resultam num rendimento menor, e coloca também pressão na colheita em função de uma seletividade maior das uvas - apenas as melhores deverão ser utilizadas pelos produtores, já que foi identificado o fungo "oidium" nas uvas Chardonnay da região de Lenoble.
A vantagem é que as condições descritas acabam melhorando a qualidade das uvas colhidas, que ficam mais frescas e maduras. Conforme declaração da Champagne Barnaut no seu instagram, as condições deram melhores níveis de acidez e potencial aromático muito alto. "O que pode ser melhor?"
É bom lembrar que o consumidor está garantido: o Comité Champagne, conselho regional, determinou que os produtores poderão compensar a perda de rendimento com a utilização de suas reservas de vinho, normalmente utilizadas na homogeneização da produção de grandes nomes da região.
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