De acordo com o Presidente da Comissão dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro, um dos motivos é a enorme ligação afetiva e cultural entre os povos de Brasil e Portugal
A aceitação e o consumo dos Vinhos Verdes entre os brasileiros só cresce. De acordo com o Presidente da Comissão dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, em 2019 foram exportados para o país 2,9 milhões de litros, equivalente a aproximadamente 6,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
A Região dos Vinhos Verdes é uma das mais importantes do mercado de Portugal. Por ter diferenças climáticas significativas e solos graníticos em sua maior parte, é bem diversa e produz vinhos de muitos estilos e possibilidades, capazes de agradar aos mais diferentes gostos.
“O Brasil é historicamente um mercado muito relevante para os Vinhos Verdes. Além da importância econômica acima indicada, há uma enorme ligação afetiva e cultural entre os dois povos que conta muito. Por exemplo, a comunidade brasileira residente em Portugal lidera os clientes do enoturismo na região e também a comunidade portuguesa no Brasil, como por exemplo no Rio de Janeiro é muito importante para as nossas vendas. Mas vemos com satisfação que cada vez mais, muitos brasileiros estão se tornando apreciadores de Vinho Verde, mesmo em regiões onde a comunidade e a herança cultural portuguesa são menores, caso do Rio Grande do Sul”, enfatiza Manuel.
Vinhos da Região têm selo de garantia e de certificação
Segundo o presidente da CVRVV, para um vinho se beneficiar do selo de garantia e de certificação da região dos Vinhos Verdes, os produtos vitivinícolas estão sujeitos a um controlo rigoroso de todas as fases do processo de produção, desde a vinha ao copo.
“As castas utilizadas, os métodos de vinificação e as características organolépticas são apenas alguns dos elementos cujo controle permite a atribuição desta Denominação de Origem Vinho Verde. A garantia da qualidade e genuinidade dos produtos com Denominação de Origem Vinho Verde é dada pelo Selo de Garantia, a certificar o Vinho Verde desde 1959.”, diz Manuel Pinheiro.
A Denominação de Origem Vinho Verde é empregue a vinhos e espumantes, brancos, tintos e rosados, aguardentes vínicas e bagaceiras e ainda a vinagre de vinho branco, tinto ou rosado. Para além da importância da certificação, a CVRVV também tem um papel fundamental na promoção dos Vinhos Verdes no mundo, estando presentes em mais de 100 mercados de exportação.
CVRVV
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes é um organismo que tem por objetivo a representação dos interesses das profissões envolvidas na produção e comércio da Denominação de Origem (DO) «Vinho Verde» e da Indicação Geográfica (IG) «Minho» e a defesa do patrimônio regional e nacional que constitui, revestindo, nesta qualidade, a forma jurídica de uma Associação Regional, Pessoa Coletiva de Direito Privado e Utilidade Pública, e durará por tempo indeterminado. Ela está creditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC).
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