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Foto do escritorGuto Martinez

Um vinho antes da refeição pode atrapalhar a dieta?

Estudo verifica efeitos do consumo de vinho como aperitivo


Diversos estudos já foram feitos sobre o consumo de álcool sobre dietas para redução de peso, mas a maioria se dedica a relacionar as calorias do vinho e seus efeitos para quem deseja perder alguns centímetros na silhueta. Agora, a Universidade de Harvard identificou mais um efeito que decorre da relação vinho e dieta.


Primeiramente, é preciso analisar que os diversos efeitos benéficos do consumo moderado de vinho, principalmente do vinho tinto - cheio de antioxidantes -, já são por si só um motivo para não deixar de consumir a bebida. Mas este estudo focou num ponto importante: será que beber uma taça antes das refeições ajuda ou atrapalha a perda de peso?


Quem respondeu essa delicada questão foi um estudo conjunto das Universidades de Tecnologia do Texas e de Medicina de Indiana, o qual foi publicado na revista Obesity, e parece que uma prática comum dos donos de bares e restaurantes foi confirmada: uma taça de vinho antes das refeições pode agir no cérebro de maneira que prestemos mais atenção nos aromas da comida que em quaisquer outros, e, portanto, induzindo a uma maior comilança, o chamado "efeito aperitivo".


O mecanismo foi detectado através de exames de ressonância magnética, e o que se verificou foi que a bebida age no hipotálamo, região do encéfalo responsável pela regulação das atividades metabólicas, incluindo o apetite. Contudo, de acordo com o estudo, o mecanismo que regula o apetite é bastante complexo, e apenas dois terços dos indivíduos estudados respondeu dessa maneira.


O que é melhor, então? Evitar o consumo do álcool antes das refeições, para não aguçar os sentidos e acabar exagerando na dose? De acordo com Martin Binks, um dos pesquisadores envolvidos na descoberta, o melhor é verificar o seu comportamento pessoal após a ingestão do vinho. Afinal, na busca por uma forma física melhor, o mais importante é ter consciência dos próprios limites para obter o resultado almejado.


Fonte: Robert Considine, Ph.D., professor, medicina, Indiana University School of Medicine, Indianapolis; Martin Binks, Ph.D., professor associado, departmento de ciências da nutrição, Texas Tech University College of Human Sciences, Lubbock, Texas; Julho de 2015, Obesity.

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